sexta-feira, 21 de março de 2014

A reedição da Marcha da família com Deus e o fanatismo da extrema-direita - a verdade sobre os que querem a volta da ditadura



Março de 1964, o terror de um suposto golpe comunista ameaça o país segundo a elite brasileira que mediante o comício que propôs as reformas de base (administrativa, jurídica, econômica, agrária), do então presidente João Goulart, passou a temer a perda de seu monopólio, de suas propriedades como bens e terras. Grupos conservadores uniram-se com um único objetivo: pedir a deposição de João Goulart e impedir a disseminação do comunismo, algo que até aos Estados Unidos preocupou, interpelar, digamos, por um ‘socorro’, algo que os militares logo aproveitaram para tomar poder, já Jango refugiou-se no Uruguai mediante as perseguições políticas.


Bem, tivemos acima um breve resumo do que foi a Marcha da Família com Deus em 19 de Março de 1964 na qual grupos invadiram as ruas de importantes capitais como São Paulo e Belo Horizonte.. Agora, tratemos do comunismo. O que ele representa? Primeiro digamos que ele nunca existiu. É uma etapa pós-socialismo, nele não há Estado e todos os bens dispõem-se nas mãos da classe trabalhadora. Países como Cuba e Venezuela, por exemplo, sempre tiveram um Estado presente, então um governo socialista. Apesar de alguns não aceitarem isso. Analisando politicamente nosso país digamos que os partidos que são vistos como “de esquerda” apesar de serem associados a um regime comunista, eles seguem um formato de social-democracia. Apesar de a militância errar e impor censuras, o erro ainda continua em associá-los como piores ao regime militar que atuou por 21 anos. Bem, agora tratemos da ditadura, o erro dos erros.


Na ditadura militar o auge das perseguições caracterizadas pelas torturas, exílios, esteve mais do que presente. A extrema-direita não quer admitir que a corrupção fez parte desse período, mas apenas agora no governo do PT, porém havia a ponto de, na educação, levar à falência o programa de alfabetização criado pelos militares, o famoso MOBRAL, fora que ao seu término o país estava em profunda recessão econômica caracterizada por uma alta taxa de inflação. A extrema-direita (já vimos pelo anexo“extrema”) é teleguiada por seu fanatismo político, ela não quer enxergar os problemas do regime militar, ela ao proclamar seus movimentos, insiste que ‘tudo era bom’, o que vale para eles é combater, por mais que o pau coma no coro deles depois, um comunismo que nunca existiu. O fanatismo seja político, religioso ou por futebol, é o inimigo número 1 da Filosofia e aliado a falta do ensino básico, algo que também morreu com os militares e a Democracia em que vivemos ainda não restituiu, atingiu-se a barbárie dessas declarações no Brasil.


Enfim, fiz este texto como um desabafo pelos inúmeros discursos que tenho visto nos jornais e presenciado nas redes sociais. Convém a nós, fazermos a nossa parte. Sermos observadores... Assim como a Coruja de Minerva da metáfora exposta por Hegel, termos olhar de análise e não acharmos que qualquer coisa visa nos doutrinar. Só de se combater um comunismo que não existe, está dado o fracasso desses grupos. Mas convenhamos, dará errado e muito a tal marcha? Sim ou não?

Compartilhe!


Nenhum comentário:

Postar um comentário